Tuesday, May 30, 2006


O Código da Vinci - nota: 6



Eu acho muito difícil e errado comparar um filme a um livro, ainda mais que normalmente o sentido natural é o livro que dá origem ao filme. Portanto tentarei me desvincilhar desse lugar comum.

O Código da Vinci(agora junto com X-Men) é o blockbuster do momento. Foi o filme que abriu o Festival de Cannes em 2006 e só perdeu o primeiro lugar nas bilheterias americanas depois da estréia de X-Men. A história se passa nos tempos de agora, em que um misterioso assassinato do curador do museu do Louvre dá início a uma sucessão de fatos que podem mudar a posição da Igreja Católica no mundo, ao expor a história de um suposto "casamento" entre Jesus e Maria Madalena. Para decifrar esse assassinato a polícia francesa procura o simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) e, com a ajuda de da policial Sophie Neveu (Audrey Tatou), eles correm pela Europa a procura de respostas aos enigmas impostos pela vítima, Jacques Sauniére.

Até então todos devem conhecer a história, nada de novo lhes foi apresentado. O que acho legal de destacar e de mencionar sobre o filme é que a história por ele descrita é tão interessante, de deixar fascinado, que é um filme que não se pode perder. Ainda mais quem, como acontece no Brasil, sempre esteve exposto a uma juventude e uma ética católica, pois rompe com tudo você sempre teve com indubtável (guardadas as devidas proporções, é lógico). Mas isso é trasmitido pelo filme? Em parte, confesso que o final me fez sentir essa sensação. Enquanto que no livro essa sensação foi mais constante. Para algumas pessoas o filme fará melhor efeito. Para outras o livro é melhor(que o livro é mais completo não há dúvidas). Sugiro que você tente os dois, pois dessa história há muito o que se extrair e entender.

É lógico que há no filme e no livro muitas invenções e muitos boatos, mas isso deve fazer parte de modo a deixar a história mais apresentável. Li o livro e vi o filme sem ler as críticas a história, sugiro que façam a mesma coisa. Depois sim separemos o que é fantasia e o que parece ser verdade. Além disso, para quem não sabe nada sobre arte(como eu), vale a pena dar uma olhada nessa história.


L'uomo vitruviano - Leonardo Da Vinci
X MEN 3 - O Confronto Final - nota:8

A ultima parte da primeira trilogia dos X-Men corria o sério risco de ser o mico do ano. Primeiro pela expectativa gerada pelo ótimo primeiro filme, e sua excelente sequência. Segundo por ser uma produção problemática.

O que esperar de um filme que teve o diretor trocado duas vezes, o que levou a um atraso, e consequentes filmagens e pós produção feitas a toques de caixa? Então começam a aparecer dezenas de mutantes na produção, e também começam a vazar MUITAS imagens e vídeos do filme. Quem, como eu, costuma acompanhar os bastidores sabe bem de tudo isso. E quem também é fã da série, ficou muito apreensivo quanto a esta estréia. Uma das melhores franquias atuais do cinema poderia estar arruinada.

Para acalmar os fãs: X3 é um ótimo filme. Se o roteiro fica devendo para os anteriores, há cenas de ação de tirar o fôlego, com efeitos especiais de primeira.

No filme, é descoberta uma suposta cura para o gene X, então os mutantes podem escolher se querem ser pessoas normais. Magneto (outra excelente interpretação de sir Ian MacKellen), logo identifica isto como uma ameaça, e arregimenta uma respeitável trupe de mutantes a seu favor. Paralelamente no lado dos X-men, Jean Grey reaparece, como a poderosa e confusa Fênix.


O resto é história, contadas por cenas bem trabalhadas e inúmeros efeitos visuais. Seu ponto forte é finalmente mostrar alguns mutantes usando seus poderes no limite (entre eles Magneto, Tempestade, Pyro, Iceman, Wolverine e Fênix), um deleite para fãs. O filme peca mesmo na falta de diálogos mais inteligentes e interessantes, principalmente os protagonizados por Professor X e Magneto, este último soa como um reles terrorista em alguns momentos. Somente aí se percebe a falta de Brian Singer, diretor dos dois primeiros (que agora está rodando Superman). Alguns mutantes acabam aparecendo muito pouco, muito pouco mesmo, o alívio é que eles poderão ser melhor abordados na próxima, afinal, com o grande sucesso de bilheteria, certamente haverá um X4 dentro de alguns anos.

Esta aparente falta de conteúdo se representa na duração, pouco mais de 1h30 somente. Mas devo ressaltar, são cerca de 100 minutos de diversão de muita qualidade. Um filme a ser revisto para reparar melhor nos detalhes.

Para os desavisados: não saiam do cinema antes dos créditos. Há uma cena importante escondida.

Abaixo estão escritos comentários im(pertinentes) para quem já viu o filme, por isso está com uma cor que se confunde com o fundo. Se você já viu, selecione o texto e leia. Se não viu, não o faça, vou estragar surpresas!!!

- Aquela cena em que o magneto desloca a ponte do Brooklin para chegar a Alcatraz, é só pra causar impacto mesmo, já que ninguém de fato cruza a ponte! Se eu fosse ele, pegaria um caminhão, talvez um barco...

- Na mesma cena, há dezenas de mutantes com eles, os 'peões' que são dizimados primeiro. Caramba, nenhum deles mostra nenhum poder!

- Uma amiga comentou comigo e eu concordo, A Vampira do cinema é muito chata! Ela só serve para ficar tendo crises existenciais!

- E quando será que vão resolver colocar o Gambit?

- Alguém ficou triste de o ciclope morrer logo no começo? Ele só estava no meio pra fazer número...

- Por acaso a Halle Berry é mulher do roteirista? Tantos mutantes e ela fica com quase todas as falas.

- Bem bolada aquela cena na Sala do Perigo, e eu achando que ia ter sentinelas nesse filme.

- Fiquei triste mesmo com a Jean. Será que ela renasce no próximo?
TESTE
TESTE
TESTE

Wednesday, May 17, 2006



Missão Impossível IIInota: 5

Quando vamos ao cinema ver um filme de ação o que podemos esperar? Tiros, sangue, explosões e mortes? É, isso mesmo. Ao manter a fidelidade à esses critérios de avaliação, podemos classificar o novo filme de Tom Cruise, Missão Impossível III, como um filme que atinge o esperado. Nada além.

Em 2 horas de filme vemos nada mais do que Ethan Hunt (Tom Cruise), o agente secreto da IMF, trocando tiros em alta velocidade, disfarçando-se de outros personagens (já um aspecto da série), correndo contra o tempo, penetrando em impenetráveis lugares em vários cantos do planeta Terra, como no Vaticano, Berlim e até Xangai. Agora casado (fato importante no filme), ele descobre uma rede do crime que jamais pensara existir. Seu principal inimigo, principal criminoso perseguido,é Philip Seymour Hoffman, Oscar de melhor ator com Capote, e mostra de fato porque do prêmio. Com certeza sua atuação é o ponto alto do filme. Apesar de tudo temos que dar o braço a torcer para o diretor J. J. Adams (autor das séries “Alias” e “Lost”), pois MI 3 tem grande adrenalina do início ao fim, prendendo a atenção do espectador. Além deles, há ainda a participação de Laurence Fishbourne como o chefe de Hunt e , como não poderia faltar uma bela mulher, Michlle Monaghan.

Para quem quer uma sessão pipoca, esteja afim de relaxar sem maiores pretensões, é um bom filme para uma tarde. Mas que seja uma tarde de cinema em casa, pois no próprio cinema é capaz que você encontre indesejáveis grupos de adolescentes do sexo masculino que adoram “comentar” o filme concomitante com o decorrer de suas cenas.

p.s.: minha primeira resenha, ainda vou pegar o jeito!

Sunday, May 14, 2006

16 Quadras - nota: 6

Eu descrevi, em algum post anterior, como pode ser ruim a expectativa em torno de um filme. Do mesmo modo, a falta de expectativa pode ser benéfica. Ao assistir o trailer de 16 quadras, reagi com indiferença, nada que me motivasse.

Mas cinéfilo que se preze primeiro decide ir ao cinema, depois escolhe o filme! E com isso acabei por assistir ao filme do Bruce Willis. Seu personagem é Jack Mosley, um policial em fim de carreira, desiludido e alcoólatra (calma, não é o Hartigam de Sin City!). Ao fim de mais uma noite tediosa, ele se prepara para ir embora quando, de última hora recebe uma última e simples tarefa: levar um preso para depor. Daí o nome do filme, sua missão seria simplesmente conduzir o sujeito pelas 16 quadras que separam a delegacia do tribunal.

Então começa a reviravolta. Logo se descobre que o julgamento em questão envolve a polícia de NY, incluindo muitos colegas de Jack. E quando ele decide ficar do lado do 'bandido' ( ou seria do mocinho?), a coisa fica feia.


A tentativa de Jack de 'fazer a coisa certa' gera um filme com muita ação, sacadas inteligentes e reviravoltas interessantes. Em alguns momentos a câmera se move junto, o que dá um efeito legal, valorizando as cenas de ação, como em Supremacia Bourne. Devo ressaltar, nada de muito novo ou extremamente surpreendente.

Em soma é um bom filme, apesar de contar com personagens clichê: 'O tira decadente se redime', 'o tira corrupto', e o 'neguinho falante', sempre com gírias, responsável por algumas tiradas cômicas, para quebrar o gelo. People can change, valeu o ingresso.